terça-feira, 27 de outubro de 2009

Notícias reais sobre a vida

Drogas, mais uma vez é vilã da classe media brasileira. Jovem, musico, artista, 26 anos, ex-estudante da CAL, morador do Flamengo na zona sul carioca assassina sem “vontade” a amiga namorada de 18 anos, moradora também do Flamengo. A quem culpar nesse momento?
O perfil na grande maioria das vezes dos jovens da classe media é igualitário. A cerveja é companhia nas diversas horas do dia, seja na praia, seja na aula. A maconha vem na bandeja como coca-cola, a cocaína é servida como caviar nas high society. Você acha que essa classe pega o carro e vai ate o morro mais próximo consumir e adquirir drogas? Não! Elas aparecem em pastas de couro 007 sendo levadas por vendedores bem afeiçoados em seus ternos pretos. Basta um pouco mais de grana e pronto, seu nome já esta cadastrado no disk-entrega sem levantar nenhuma suspeita.
Assistimos a mais um show da vida, a mais uma cena baseada em fatos reais que acontecem todos os dias de norte a sul, de leste a oeste das cidades brasileiras. Em todas as manhas mães pobres perdem seus filhos para o mundo rico das drogas, mais um dia pais trabalhadores saem atordoados da Central na tentativa de recuperar a alma de um filho. Onde esta a MÍDIA nesse momento? Nas ruas da zona sul. Onde esta a policia? Escondida dos tiros. E nossos governantes? Trancados em suas casas blindadas de altos muros. A justiça (às vezes) só funciona quando o fato cai nas graças do povo que passam a reivindicar por melhorias e soluções.
Sofrimento, medo, angustia e sensações de impotência rodeiam os pais da vitima e do assassino. A dor de entregar seu filho primogênito nas garras de uma justiça esdrúxula, infiel, incompetente e sarcástica vira pesadelo. Após um assassinato e cabível que amigos bem intencionados apareçam rapidamente com seus amigos advogados que intitulam mais rapidamente ainda drogados como esquizofrênicos por dizer que vêem coisas. É ate que fácil convencer uma sociedade após uma novela exibir claramente que um dos sintomas do esquizofrênico é ver coisas, logo intitular o culpado como doente mental torna mais fácil o desenrolar de um processo nessa justiça lenta e cruel com os pobres e rápida e solúvel com aqueles que possuem alguns zeros a mais em conta.
Drogados são drogados, doentes mentais são doentes mentais e assassinos são assassinos, drogados ou não.
A saúde publica é lenta e vergonhosa em sua administração ao decretar que um drogado só pode ser internado se for procurar ajuda com as próprias pernas, isso se torna piada se comparado que cachorros devem procurar sozinhos por seus veterinários. Nesse momento acredito fielmente que quem decretou esta lei estava muito drogado e com a capacidade de funcionamento e clareamento das idéias afetados por alguns longos minutos.
Acabar com as drogas é quase que a mesma coisa que acabar com o sol. Então as melhorias devem começar a ser praticadas dentro de casa, a saúde deve começar a ser tratada como futebol e as olimpíadas de 2016. Que os planos de saúdes passem a ter como objetivo o bem estar e o bem viver de seus clientes e não só o enriquecimento de seus cofres. Pois estes são apenas um dos vilões de mais um show da vida real de todos os cidadãos brasileiros, sejam eles cariocas, cearenses, paraibanos, paulistas, mineiros, capixabas, brasilienses...

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